Data-base chegou, mas Prefeitura ainda não se manifestou oficialmente sobre reposição salarial do funcionalismo
Data-base chegou, mas Prefeitura ainda não se manifestou oficialmente sobre reposição salarial do funcionalismo
O vereador Jovan Temeljkovitch (PDT) protocolou requerimento junto ao prefeito Gabriel Alves de Oliveira e à secretária municipal de Planejamento, Receita e Administração, Camila Campos de Carvalho, cobrando informações sobre o reajuste anual dos servidores públicos municipais, cuja data-base ocorre no mês de maio.
No documento, o parlamentar solicita esclarecimentos quanto ao índice de reajuste previsto, à existência de estudo técnico sobre a recomposição inflacionária dos vencimentos e à eventual convocação do sindicato da categoria para dialogar sobre o tema. Jovan também questiona se há previsão orçamentária específica para o reajuste na Lei Orçamentária Anual de 2025 e pede a indicação de uma data provável para apresentação da proposta formal por parte do Executivo.
A justificativa do vereador é baseada em cobranças recebidas em seu gabinete e no fato de que outras esferas do poder público – como o Governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande – já se manifestaram e anunciaram os respectivos índices de correção salarial, demonstrando compromisso com a valorização do funcionalismo e com o direito constitucional à revisão geral anual.
Insatisfação cresce entre servidores com silêncio da Prefeitura
Enquanto a gestão municipal permanece em silêncio, cresce o descontentamento entre os servidores públicos de Corumbá. Diversos relatos recebidos pela redação deste colunista (Vox Oculta) apontam que a ausência de diálogo e de transparência está gerando insegurança e frustração na categoria, especialmente após os cortes bruscos e repentina supressão de parcelas remuneratórias, que foram justificados à época como necessários para adequação legal da folha de pagamento — incluindo, justamente, a garantia do reajuste anual.
A falta de qualquer manifestação oficial é vista por muitos servidores como descaso. A revisão geral anual está prevista no artigo 37, inciso X, da Constituição Federal, e o não cumprimento dessa obrigação, sem justificativa técnica ou orçamentária, pode representar não apenas omissão administrativa, mas também improbidade, sujeitando o gestor municipal a responsabilização junto a órgãos de controle externo, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas.
Além disso, a inexistência de comunicação institucional sobre o tema contrasta com as promessas de austeridade e compromisso com a legalidade feitas pelo Executivo. Para os servidores, o mínimo esperado é a abertura de diálogo, a apresentação de estudos e a transparência necessária para garantir previsibilidade e respeito aos seus direitos.
A categoria aguarda uma posição clara do prefeito e da Secretaria de Planejamento. O mês da data-base já começou, e a omissão do Executivo só agrava a sensação de abandono do funcionalismo, que, mais uma vez, se vê diante da possibilidade de perder poder aquisitivo sem qualquer contrapartida ou justificativa pública.
Após série de roubos, moradores de Ladário criam rede de segurança comunitária
29/05/2025
Nenhum Comentário