Revistas em unidades prisionais buscam interromper comunicações criminosas e reduzir a violência nas ruas
Revistas em unidades prisionais buscam interromper comunicações criminosas e reduzir a violência nas ruas
Unidades prisionais de Mato Grosso do Sul estão sendo alvo de intensas inspeções nesta semana, como parte da 8ª fase da Operação Mute, considerada a maior ação coordenada simultaneamente em presídios de todo o país. A mobilização é liderada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como foco principal desarticular a comunicação entre membros de facções criminosas que atuam de dentro das penitenciárias.
No estado, a operação é executada pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações (DOP) da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), com apoio do Comando de Operações Penitenciárias (COPE). As primeiras unidades vistoriadas foram o Instituto Penal de Campo Grande (IPCG) e a Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas.
A ação envolve revistas minuciosas em celas e pavilhões, com ênfase na apreensão de aparelhos celulares, ferramentas frequentemente utilizadas por integrantes de facções para planejar e ordenar crimes fora do sistema prisional. Segundo a Senappen, a operação visa enfraquecer a estrutura das organizações criminosas, reduzindo o alcance de suas ações e ampliando a segurança da população.
Além da repressão direta, a operação reforça o papel estratégico da inteligência penitenciária no enfrentamento ao crime organizado. A presença de um representante da Senappen no estado também fortalece a atuação integrada entre as esferas federal e estadual.
A Operação Mute já se consolidou como uma das principais estratégias nacionais de contenção ao crime dentro das penitenciárias, impactando diretamente a dinâmica das facções e dificultando a articulação de delitos do lado de fora. A expectativa é de que, com o avanço das ações ao longo da semana, o bloqueio às comunicações ilícitas se torne ainda mais eficiente, contribuindo para a redução dos índices de violência.
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29/05/2025
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