Uma mulher investigada pela morte de Ronaldo da Silva Freire, de 51 anos, foi presa na noite desta sexta-feira (16) em Corumbá, após a conclusão de um laudo necroscópico que contradiz a versão apresentada por ela. De acordo com o relatório médico-legal, as características da lesão causada pela facada, como profundidade, localização e força, não são compatíveis com um golpe acidental.

A prisão ocorreu na 1ª Delegacia de Polícia Civil, onde a suspeita compareceu para registrar um boletim de ocorrência por calúnia. No entanto, foi surpreendida por uma ordem judicial de prisão emitida após o delegado receber o resultado do laudo técnico.

O documento apontou que o golpe desferido contra Ronaldo exigiu força e um ângulo de perfuração que eliminam a possibilidade de acidente doméstico, como alegado pela mulher. Ela será encaminhada ao Estabelecimento Penal Feminino de Corumbá, onde aguardará as próximas etapas do processo.

Entenda o caso

Ronaldo Freire morreu em 10 de maio, após ser internado na Santa Casa de Corumbá com uma perfuração no tórax. Ele não resistiu à parada cardiorrespiratória e faleceu pouco depois. A companheira e uma das filhas alegaram que o ferimento foi acidental, ocorrido enquanto ela lavava louça com uma faca e foi surpreendida por um abraço repentino.

Contudo, comportamentos considerados suspeitos, como a tentativa de realizar o enterro sem velório e a demora em informar os familiares sobre a morte, levantaram dúvidas. Além disso, versões contraditórias do ocorrido, incluindo uma alegação de queda no banheiro, motivaram um boletim complementar por parte dos parentes de Ronaldo, que solicitaram a investigação do caso.

As autoridades continuam apurando os fatos, enquanto a suspeita permanece sob custódia.