Marco Roberto de Almeida, conhecido como \Tuta\, apontado como o sucessor de Marcola no comando da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi entregue pelas autoridades bolivianas ao Brasil neste domingo (18). A operação contou com a participação de grupos de inteligência da Força Anticrime da Bolívia e mais de 50 agentes da Polícia Federal brasileira.

Tuta foi capturado ao tentar renovar um documento migratório com identidade falsa em uma unidade policial boliviana. Após a confirmação de sua verdadeira identidade pela Interpol e pela Polícia Federal, foi detido pela Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado (FELCC) da Bolívia. Expulso do país, sua entrega ocorreu na fronteira entre Corumbá e Bolívia, por volta das 6h.

Após a entrega, Tuta foi escoltado sob forte esquema de segurança até o Aeroporto Internacional de Corumbá. De lá, foi levado para a Penitenciária Federal de Brasília, com escolta reforçada por 18 agentes da Polícia Penal Federal, além de apoio das Polícias Militar e Civil do Distrito Federal.

No Brasil, Tuta já havia sido condenado em primeira instância a 12 anos e seis meses de prisão por organização criminosa. Ele também responde a outros processos por lavagem de dinheiro e envolvimento no comando da facção. Sua captura marca mais um desdobramento da Operação Sharks, deflagrada em 2020, que revelou sua ascensão ao comando do PCC após a transferência de Marcola para um presídio federal.

Segundo investigações, Tuta utilizava sua ligação com o consulado de Moçambique em Belo Horizonte para facilitar seu trânsito entre países da América Latina e da África, regiões onde o PCC mantém operações.

Com informações da TV Unitel, Diário Corumbaense e G1.