Presidente da Assembleia de MS pede equilíbrio e maturidade diante da crise comercial que pode afetar exportações do estado
Presidente da Assembleia de MS pede equilíbrio e maturidade diante da crise comercial que pode afetar exportações do estado
Durante a sessão plenária desta quinta-feira (10), o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado estadual Gerson Claro (PP), comentou a imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em tom conciliador, o parlamentar defendeu que o governo brasileiro adote uma postura responsável e diplomática para evitar o agravamento da crise comercial.
Gerson afirmou que a medida deve ser vista como parte de uma estratégia de política externa norte-americana, e não como uma retaliação pessoal ao Brasil. Para ele, a reação brasileira precisa estar acima de disputas ideológicas. “Infelizmente, o assunto tem sido politizado no país, quando, na verdade, trata-se de uma questão comercial que exige serenidade e negociação por parte do chefe de Estado”, afirmou.
O parlamentar lembrou que Mato Grosso do Sul pode ser diretamente impactado pela decisão, já que é exportador de produtos como carne bovina, celulose e etanol. Só entre janeiro e abril deste ano, as exportações do estado para os EUA somaram mais de R$ 315 milhões, segundo dados do Comex Stat. “Embora o aço seja o principal foco da medida, é preciso proteger os interesses dos setores produtivos do estado”, pontuou.
Além de defender o diálogo, Gerson destacou a importância da nova Lei de Reciprocidade Comercial, aprovada neste ano com relatoria da senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP). A legislação permite ao Brasil adotar contramedidas, como a suspensão de concessões comerciais e de direitos de propriedade intelectual, em resposta a ações unilaterais de outros países.
Por fim, o presidente da ALEMS ressaltou que o momento exige liderança e maturidade institucional. “Confio que o presidente Lula conduzirá essa situação com equilíbrio, como tem feito nas relações com outros países. A via é a da diplomacia”, concluiu.
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29/05/2025
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