Eleição com baixa adesão dos clubes reforça questionamentos sobre o processo eleitoral da entidade.
Eleição com baixa adesão dos clubes reforça questionamentos sobre o processo eleitoral da entidade.
O médico infectologista e dirigente esportivo Samir de Araújo Xaud, de 41 anos, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste domingo (25). Com mandato até 2029, Xaud assume o comando da entidade em um momento marcado por boicotes e discussões sobre a legitimidade do processo eleitoral.
A eleição, realizada na sede da CBF no Rio de Janeiro, contou com 25 votos das 27 federações estaduais e apenas 10 dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Clubes como Flamengo, Corinthians, São Paulo e Internacional boicotaram o pleito, questionando a falta de representatividade no sistema de votação, onde os votos das federações têm peso triplo em relação aos clubes da Série A e sêxtuplo em relação aos da Série B.
Xaud sucede Ednaldo Rodrigues, afastado no último dia 15 por determinação judicial. Filho de um ex-dirigente que presidiu a Federação Roraimense de Futebol por 42 anos, ele prometeu em seu discurso de posse \uma gestão moderna e comprometida com o desenvolvimento do futebol brasileiro\.
Além de Xaud, foram eleitos oito vice-presidentes, incluindo Michelle Ramalho Cardoso, única mulher na diretoria.
Judicialização do processo
A eleição ocorre em meio a uma nova análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a legalidade das mudanças no estatuto eleitoral da CBF. Nesta quarta-feira (28), o STF julgará o mérito da Ação Civil Pública que questiona essas alterações, que dão maior peso aos votos das federações estaduais em detrimento dos clubes.
A decisão do tribunal pode redefinir as regras do pleito e impactar diretamente a governança da CBF, que enfrenta crescentes críticas sobre transparência e representatividade.
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29/05/2025
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