Apesar de avanço expressivo, cenário exige cautela e reforça necessidade de adaptação climática
Apesar de avanço expressivo, cenário exige cautela e reforça necessidade de adaptação climática
Após enfrentar em 2024 a pior seca da série histórica, o rio Paraguai apresenta sinais de recuperação ao longo de 2025. No entanto, os dados mais recentes indicam que, embora os níveis estejam consideravelmente superiores aos do ano passado, ainda permanecem abaixo das médias registradas em 2023.
Segundo informações da Sala de Situação dos Rios do Imasul, com base nas estações hidrometeorológicas de Ladário e Porto Murtinho, o comparativo até o final de junho mostra uma elevação importante nas cotas. Em Ladário, o rio está 2,20 metros acima do que foi registrado no mesmo período de 2024, mas ainda 87 centímetros abaixo dos níveis de 2023. Já em Porto Murtinho, a elevação é de 2,40 metros em relação ao ano anterior, permanecendo 20 centímetros inferior à cota de dois anos atrás.
O nível mais crítico do rio Paraguai foi registrado em outubro de 2024, quando Ladário marcou -71 centímetros, e Porto Murtinho atingiu apenas 52 centímetros. Os números de 2025 trazem alívio, mas especialistas alertam que a recuperação é parcial e requer vigilância contínua. A tendência para os próximos meses, em função do período seco, é de estabilização e posterior queda dos níveis até o próximo ciclo de chuvas.
Acompanhando essa realidade, o Imasul mantém monitoramento diário das bacias hidrográficas e reforça a importância de medidas de adaptação frente às mudanças climáticas, que vêm alterando drasticamente os regimes hidrológicos da região.
A população pode acompanhar em tempo real os boletins de nível dos rios pelo site oficial do Imasul: https://www.imasul.ms.gov.br/sala-de-situacao/
Comparativo das cotas médias do rio Paraguai em 30 de junho:
Estação Ladário
2023: 408 cm
2024: 98 cm
2025: 321 cm
Estação Porto Murtinho
2023: 451 cm
2024: 189 cm
2025: 431 cm
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29/05/2025
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