A Prefeitura de Corumbá oficializou a doação de um terreno ao Governo do Estado para viabilizar a construção do futuro Hospital Regional do município. A medida foi sancionada pelo prefeito Dr. Gabriel por meio da Lei nº 2.988, publicada no Diário Oficial de Corumbá no dia 2 de julho. A proposta, aprovada por unanimidade pela Câmara de Vereadores em regime de urgência, representa um marco para a saúde pública regional.

A área doada possui 33,4 mil metros quadrados e está localizada na rua Pedro de Medeiros. Regularizada junto ao Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Circunscrição, a propriedade pertence ao município e foi destinada exclusivamente à instalação do hospital. O local também deve abrigar, futuramente, uma nova maternidade e uma policlínica, ampliando os serviços oferecidos à população.

A construção do Hospital Regional atende a uma demanda antiga de Corumbá e de todo o Pantanal Norte, que há décadas enfrenta limitações no atendimento médico-hospitalar. A nova unidade deve ampliar significativamente a capacidade de resposta da rede pública de saúde, com atendimento regionalizado, especializado e de maior complexidade.

Pelo texto da lei, o Governo do Estado tem até dois anos para iniciar as obras civis no local. Caso esse prazo não seja cumprido ou se o imóvel for utilizado para outros fins, a doação será automaticamente revogada. A expectativa é que o hospital esteja concluído até 2030, conforme termo de compromisso firmado com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

Durante a tramitação do projeto de lei, autoridades locais e estaduais reforçaram a importância da medida. A proposta foi entregue à Câmara Municipal em 27 de junho, durante reunião que contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa; da vice-prefeita Bia Cavassa; e do deputado estadual Paulo Duarte.

Além do Hospital Regional, o pacote de investimentos previstos para Corumbá inclui uma nova maternidade, uma policlínica regional e a instalação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) voltado ao atendimento de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH e outras condições de saúde mental.

A gestão estadual também avalia adotar o modelo de parceria público-privada (PPP) na execução da obra, como ocorre no Hospital Regional de Campo Grande. A iniciativa pode acelerar a entrega da infraestrutura, garantindo eficiência na construção e qualidade na gestão dos serviços de saúde.