Decisão da companhia amplia custos e tempo de viagem em plena expansão econômica do Centro-Oeste
Decisão da companhia amplia custos e tempo de viagem em plena expansão econômica do Centro-Oeste
A partir de julho, passageiros que utilizam a única ligação aérea direta entre Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT) enfrentarão conexões mais longas ou a necessidade de recorrer a transporte terrestre. A Azul Linhas Aéreas anunciou a suspensão da rota, como parte de sua reestruturação financeira em meio à recuperação judicial nos Estados Unidos.
A decisão afeta diretamente executivos, produtores e profissionais do agronegócio, energia e logística, setores estratégicos para as economias de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sem o voo direto, que dura cerca de 55 minutos, o tempo de deslocamento pode triplicar, gerando maiores custos e complicações logísticas.
De acordo com a Anac, entre janeiro e abril de 2025, a rota registrou quase 240 voos, evidenciando uma demanda consistente. Empresários criticaram o movimento como um erro estratégico, especialmente diante da projeção de crescimento econômico regional — Mato Grosso deve crescer 5,8% e Mato Grosso do Sul, 4,7% neste ano.
Além disso, a decisão gerou insatisfação quanto à falta de reação da classe política local. “Se o impacto fosse em voos para Brasília, a pressão seria imediata”, afirmaram empresários sob anonimato.
Há expectativa de que outras companhias aéreas, como LATAM e Gol, possam preencher a lacuna deixada pela Azul. Contudo, até o momento, nenhuma delas confirmou interesse na rota. A Azul, por sua vez, garantiu que seguirá amparando os passageiros conforme a Resolução 400 da Anac, sem detalhar medidas específicas para mitigar os prejuízos.
Enquanto isso, a suspensão do trecho direto é vista como um retrocesso em uma região que se prepara para projetos como a Rota Bioceânica, ampliando ainda mais a relevância do Centro-Oeste na logística nacional e internacional.
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29/05/2025
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