Ataques aéreos israelenses mataram pelo menos 60 pessoas na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (15), de acordo com médicos palestinos. Entre as vítimas estão mulheres, crianças e o jornalista Hassan Samour, que morreu com 11 membros de sua família em Khan Younis, no sul de Gaza.

Escalada de violência e Nakba

Os ataques ocorrem em meio a uma ofensiva intensificada contra o Hamas, que Israel responsabiliza por ataques mortais realizados em outubro de 2023. A violência coincide com a Nakba, data em que os palestinos lembram o deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas durante a criação do Estado de Israel em 1948.

“O que vivemos agora é pior que a Nakba”, afirmou Ahmed Hamad, morador de Gaza, que enfrenta deslocamentos constantes devido aos bombardeios.

Cessar-fogo e tensões diplomáticas

Enquanto mediadores árabes e enviados dos Estados Unidos tentam negociar uma trégua, o Hamas acusou Israel de buscar um acordo “sob a cobertura de fogo”. A ofensiva israelense se intensificou durante a visita do presidente norte-americano Donald Trump ao Oriente Médio, que gerou expectativa de avanços nas negociações.

Situação humanitária crítica

Com mais de 2,3 milhões de habitantes em Gaza, grande parte deslocada internamente, o enclave enfrenta uma crise humanitária agravada pela violência constante. Apenas na quarta-feira (14), 80 pessoas foram mortas em ataques, segundo autoridades locais de saúde.

A comunidade internacional segue observando a escalada com preocupação, enquanto as negociações para um cessar-fogo enfrentam desafios diante do aumento das hostilidades.