Incentivos culturais dinamizam economia, valorizam artistas e aproximam a comunidade do cinema
Incentivos culturais dinamizam economia, valorizam artistas e aproximam a comunidade do cinema
No domingo, 11 de maio, o Porto Geral de Corumbá não foi apenas cenário: foi palco de sonhos. Um dos locais mais icônicos do Pantanal sul-mato-grossense abrigou a gravação de cenas de um longa-metragem produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo. Mais do que câmeras e refletores, o dia trouxe um espetáculo de pertencimento, colaboração e valorização da arte como motor de transformação.
Dirigido por Pedro Melo, o filme narra a história de Dourado, um cantor famoso que, após enfrentar uma overdose, retorna às suas raízes em Mato Grosso do Sul. Em busca de reconexão e propósito, ele lidera uma banda de jovens cristãos em uma jornada que culmina em um festival em Corumbá. “Corumbá tem um charme único, uma riqueza cultural e visual que enriquece qualquer narrativa. O Porto Geral é mais do que um cenário, é um símbolo da história e da identidade dessa região”, destacou Pedro, emocionado com o acolhimento da cidade.
Mas o movimento artístico não parou por aí. As filmagens continuaram ao longo da semana, levando a magia do cinema a outros espaços igualmente emblemáticos. A equipe esteve na Escola das Águas do Paraguai Mirim, localizada no coração do Pantanal, onde capturou a essência do modo de vida pantaneiro. Ali foi gravada a arte que é viver em solo Pantaneiro.
O envolvimento da comunidade foi um dos pontos altos da produção. Como figurantes, artistas e moradores formaram uma vibrante plateia, participando ativamente da construção do filme. Muitos descreveram a experiência como um encontro único com o universo cinematográfico, um momento raro de proximidade com uma arte que, por vezes, parece distante do cotidiano pantaneiro.
Por trás das câmeras, o impacto também foi bastante expressivo. A produção movimentou restaurantes, motoristas, fornecedores e diversos profissionais locais. A força de iniciativas como a Lei Paulo Gustavo ficou evidente: os recursos investidos não apenas fomentam a criação artística, mas reverberam em toda a sociedade, gerando empregos, fortalecendo a economia local e promovendo o acesso à cultura.
“O cinema vai além de contar histórias. Ele transforma comunidades, cria conexões e alimenta sonhos. É um privilégio trabalhar em um projeto que valoriza nossa terra e nossa gente”, afirmou Pedro. O diretor destacou ainda que a recente onda de investimentos culturais no Brasil tem potencial para mudar paradigmas, possibilitando que mais profissionais se dediquem exclusivamente à arte.
Com estreia prevista para 2026, o longa 'Filhos do litoral central' já nasce como um marco para Corumbá e o cinema sul-mato-grossense. Mais do que um filme, é uma celebração do que o Pantanal tem de melhor: suas histórias, sua cultura e seu povo. A arte, uma vez mais, provou ser não apenas um reflexo da sociedade, mas uma força vital capaz de transformá-la.
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